Foto: César Ramos/Contag
Quem falou que eu ando só? Nessa terra, nesse chão de meu Deus, eu sou uma, mas não sou só”. Essa frase marcou o 1º Módulo do 4º Curso Nacional de Formação Política das Mulheres, realizado no período de 4 a 8 de abril, em Brasília.
Foram inscritas 89 mulheres para participarem de três módulos presenciais na capital federal e que irão multiplicar os aprendizados nas atividades intermódulos através de encontros territoriais e virtuais pela plataforma Moodle.
Os conteúdos, ênfases e metodologias estarão vinculados à construção da 7ª Marcha das Margaridas 2023, fazendo com que o 4º Curso Nacional fortaleça, qualifique e mobilize as mulheres nesse processo.
Para a secretária de Mulheres da Fetaesc, Albertina Bertotto, o encontro foi bastante produtivo e de muito aprendizado para iniciar a programção da Marcha das Margaridas. "Nós acreditamos no potencial da mulher brasileira e mulheres de outros países que vêm para compartilhar conosco essa luta por direitos e pela vida das mulheres agricultoras", complementou Albertina.
O Eixo Temático do curso é Feminismo, gênero e ação sindical e o Módulo I focou em Sociedade, Patriarcado e luta das mulheres. Os objetivos foram compreender a formação da sociedade capitalista e a ideologia hegemônica; o patriarcado como sistema de dominação, de base racista e capitalista; compreender criticamente os conceitos de poder, democracia e Estado; os processos de construção da Marcha das Margaridas desde suas origens; e a origem e construção do movimento feminista, seus pressupostos e lutas contra as desigualdades e opressões impostas às mulheres na sociedade.
Os temas geradores foram: 1. Eu, Mulher; 2. Marcha das Margaridas, 3. Feminismo e Patriarcado, 4. Poder e Política, 5. Marcha das Margaridas – estratégias de mobilização.
Um dos destaques da programação foi o Rio da Vida, que estimulou processos de autoconhecimento e integração das mulheres sobre suas histórias de vida e de unificação de forças – eu com as outras.
Outro momento marcante, segundo as participantes, foi a realização de um Fórum (simulação de júri popular) que buscou debater a paridade. Foi uma dinâmica realizada após o debate Estado, poder, democracia, sistema político e eleições 2022 – disputando o lugar das mulheres e enfrentando a violência política, fundamental para a compreensão das ações afirmativas para a conquista da igualdade política entre mulheres e homens e de implementação da paridade no MSTTR.
Segundo Caira Alves, margarida do estado do Pará e educanda do 4º Curso Nacional de Formação Política das Mulheres, “esse curso está sendo um misto de aprendizados e emoções. Parece que o curso abre mais a nossa mente. Está sendo um divisor de águas na vida de nós mulheres.”
A Secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais, fez uma avaliação extremamente positiva do 1º módulo, afirmando que curso está atingindo os seus objetivos. “Nesse primeiro módulo a gente já consegue perceber como as mulheres passam a ter outra visão, um olhar mais amplo na perspectiva de poder colocar em prática o que aprenderam aqui. Mesmo após dois anos de enfrentamento à pandemia de Covid-19, as mulheres chegaram com toda a sua energia e animadas para continuar na luta. Isso nos deixa feliz e revigoradas nesse processo de construção da Marcha das Margaridas 2023”, destacou Mazé Morais.
Fonte: Contag
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