Foto: Fetaesc/Divulgação
A saúde emocional da pessoa idosa em tempos de pandemia foi o tema da live promovida pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc), nesta quarta-feira, 14. O encontro foi realizado de forma virtual pela Coordenação da Terceira Idade e buscou conscientizar a população sobre os riscos e cuidados que os idosos devem ter durante o isolamento social.
O presidente da Fetaesc, José Walter Dresch, ressaltou que os idosos passaram por muitos desafios, por muitas dificuldades ao longo da história e neste ano chegou a vez de enfrentar as consequências causadas pelo coronavírus. “Vivenciamos fatos impressionantes nas nossas vidas e superamos todos eles. Com este cenário da pandemia não será diferente. É preciso fortalecer a nossa fé e a nossa esperança nas coisas mais simples, criando um pensamento positivo coletivo de luta por um dia melhor”, destacou.
A tecnologia é uma grande aliada na hora de espantar a solidão. Muitos idosos aproveitam para conversar com a família, rever os netos por videochamada e se manterem informados. Mas por outro lado, o excesso destas atividades tecnológicas, como assistir televisão o tempo todo, não são muito benéficas. Neste caso, o idoso que mora no campo tem uma vantagem, devido ao contato com a natureza.
Durante a videoconferência, o casal Geraldo e Nelci Buogo apontaram que o isolamento social não é e nem deve significar isolamento emocional. Para eles, quando o idoso se aposenta no meio rural, o impacto é menor comparado ao idoso da cidade. “O agricultor passa praticamente a vida toda trabalhando no campo e quando chega a aposentadoria ele continua exercendo quase que a mesma rotina. Ele não perde a sua identidade”, explica Geraldo.
A ex-coordenadora estadual da Terceira Idade, Alice Rovaris da Silva, destacou a importância das ações realizadas ao longo dos anos para dar visibilidade e orientar os idosos rurais sobre seus direitos, lutas e conquistas do Movimento Sindical. Ela lembrou que a sucessão rural é um dos assuntos que preocupa muito os idosos, ainda mais neste momento de pandemia.
“Muitos jovens abandonam o meio rural e deixam lá pessoas com mais idade para tocar as propriedades. Temos lutado para que se sejam criadas políticas públicas que promovam e estimulem a permanência do jovem ao lado de sua família no campo”, afirma Alice.
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