As lideranças sindicais da Fetaesc, Fetaep e Fetag-RS, que compõem a Regional Sul, se reuniram, na manhã desta terça-feira (30), virtualmente, com representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag). Na ocasião, participaram o vice-presidente da Contag, Alberto Broch, e o secretário de Política Agrícola, Antoninho Rovaris.
Na abertura da reunião, as diretorias das três Federações do Sul fizeram um resumo das reuniões anteriores, que trataram sobre a estrutura do Movimento Sindical diante do atual cenário econômico e político que o país enfrenta e como será a atuação das entidades sindicais perante as futuras consequências.
Durante o encontro, os representantes ressaltaram a preocupação em relação aos reflexos da pandemia do coronavírus no Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR). E, diante da situação, as Federações concordam que a estrutura da Contag precisa ser repensada, como cargos e salários de assessores e funcionários, para que o Movimento Sindical consiga enfrentar as consequências da pandemia, sem afetar a categoria dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, famílias agricultoras do Sul do país e o setor produtivo, que é responsável por grande parte da economia brasileira.
A iniciativa da Região Sul de discutir e levar essas questões ao Congresso da Contag visa reestruturar o Sistema Contag e fortalecer ainda mais o Movimento Sindical, motivando as lideranças sindicais da base a trabalharem e lutarem pelos direitos da classe.
Embora haja inúmeros desafios, os sindicalistas têm muita capacidade de enfrentá-los e vencê-los. Os agricultores precisam se sentir bem representados e abraçados pelo Movimento Sindical. É o momento oportuno para se reinventar e criar novas estratégias diante das dificuldades.
Para o vice-presidente da Contag, Alberto Broch, a preocupação levantada pelas Federações é muito válida. “Estamos vivendo momentos de medo, incerteza e bastante angústia. A economia, o índice de pobreza e a saúde pública afeta muito o Movimento Sindical, além da situação complicada com a maior seca dos últimos tempos, o que também afeta a vida da Contag, das Federações e dos Sindicatos”, salientou.
Alberto sugeriu ainda levar o debate para o fórum dos presidentes e, em seguida, para o Congresso da Contag. “É desafiador esse Congresso, tanto na atual conjuntura, quanto na visão do Movimento Sindical. Precisamos repensar o jeito de fazer, com responsabilidade e com qualidade das propostas que precisamos aprovar no Congresso e, se não for possível no primeiro momento, amadurecer a discussão para um futuro próximo”, complementou Alberto Broch.
O secretário de Política Agrícola, Antoninho Rovaris, abordou a representação sindical e o papel dos sindicatos nos municípios e na vida dos agricultores. “Temos que ter um plano de reestruturação sindical e debruçar em busca de alternativas que viabilizem a autossustentação do Movimento Sindical para depois discutirmos a questão de salários de assessores. Antes, a Contag teria que ter um plano de carreira, com cargos e salários, mas é uma possibilidade a ser estudada”, explicou Antoninho.
O secretário levantou ainda a situação da representatividade da Região Sul, que ainda é feita apenas por homens e que deveria começar a ser discutida para mudar a realidade existente. “Peço que as três Federações se comprometam a ajudar mais, fazendo proposições e fortalecendo a Regional Sul e o Movimento Sindical”, finalizou Antoninho Rovaris.
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