Foto: Fetaesc/Divulgação
A Coordenação Estadual de Jovens Trabalhadores da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc) realizou a plenária estadual da Juventude Rural, na última terça-feira, 10. No encontro, os participantes puderam alinhar e definir as propostas de emendas ao texto de debate da plenária nacional que ocorre entres os dias 01 e 02 de dezembro, por videoconferência.
O evento contou com a participação do presidente da Fetaesc, José Walter Dresch, e com a presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Edilene Steinwandter.
Para o presidente da Fetaesc, um dos principais pontos da discussão foi a dificuldade de acesso a novas tecnologias para quem vive no campo. “A pandemia trouxe à tona as limitações tecnológicas no meio rural, como acesso à internet, telefonia e outras formas de conexão. Em um mundo cada vez mais tecnológico e conectado, isso significa excluir ainda mais a juventude de processos importantes da sociedade”, afirma Dresch.
Outro fator que contribui para o êxodo dos jovens do campo foi a extinção do Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural, um documento que representava trabalho e esperança para os milhões de jovens do campo.
A coordenadora estadual de Jovens, Aline Maier, destacou que é preciso ter consciência política e também fazer o enfrentamento sobre as demandas enquanto jovens. “Precisamos participar coletivamente das atividades sindicais. Por meio dos sindicatos, podemos questionar orçamentos municipais, estaduais e federais, reivindicar políticas públicas e fazer propostas de ações concretas para a agricultura familiar”, ressalta.
Aline ressalta ainda que a plenária estadual é um bom momento de reflexão e discussão a respeito da luta da juventude. “Enquanto coordenadora estadual de jovens da nossa federação, fico muito feliz em ajudar na construção deste debate. Saímos hoje mais fortalecidos enquanto jovens com ótimas ações para serem apresentadas em nossa Plenária nacional e assim fazer acontecer dentro do MSTTR”, completa.
Principais ações
- Efetivar o cumprimento da cota de, no mínimo, 20% de jovens em todas as instâncias da CONTAG, Federações e Sindicatos.
- Criar, em todos os sindicatos, a Secretaria de Jovens, que deverá ser ocupada por trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares, com idade entre 16 e 32 anos.
- Ampliar e fortalecer o Programa Jovem Saber.
- Fortalecer a atuação da representação da juventude rural brasileira em espaços internacionais como o Comitê de Juventude da União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (Uita) e da Coordenação da Juventude da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena da Confederação de Organizações de Produtores Familiares do Mercosul Ampliado (Coprofam).
- Atuar junto à Frente Parlamentar da Agricultura Familiar (FPAF) e a outros(as) parlamentares do Congresso Nacional para construir projetos de lei de interesse da juventude rural.
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