Foto: arquivo pessoal
A jovem agricultora Patrícia Zarpelon de Moraes, de 29 anos, moradora da Comunidade Vista Alegre, no interior de Ibicaré, financiou R$ 151 mil pelo PNCF Mais e hoje tem a felicidade de compartilhar que se tornou uma avicultora integrada da BRF.
Durante todo o processo de capacitação, que é um pré-requisito para aderir ao Programa Terra Brasil, antigo Crédito Fundiário, e documentos para o financiamento da terra, a agricultora contou com o auxílio do setor de Políticas Agrárias da Fetaesc.
Casada e com três filhos, Patrícia e o marido Edcon Moraes trabalharam por muito tempo na propriedade de um tio, cuidando de aviários, mas o sonho era ter as próprias granjas. "Quando eu tinha 17 anos, fui morar na cidade para trabalhar, mas fiquei apenas dois anos, depois casei e voltei para a propriedade dos meus pais para ajudá-los na agricultura", contou a jovem.
Além de ter um lugar para morar e trabalhar, o sonho de ter uma propriedade também tinha o objetivo de educar e criar os filhos Bernardo, Bruno e Arthur de forma saudável, no campo, consumindo alimentos e vivendo da agricultura familiar.
Depois de mais de um ano procrando o terreno, de alguns desafios durante o acerto, em julho de 2020 os documentos foram entregues e, em dezembro do mesmo ano, o banco aprovou a proposta. O dinheiro foi liberado em abril de 2021, quando a compra foi efetivada e eles começaram a mudança para a propriedade rural.
A agricultora financiou um valor de R$ 151 mil e pagou R$ 143 mil em aproximadamente 6 alqueires, de um terreno que media quase 13 alqueires, espaço que já contava com uma casa de alvenaria, construída há 40 anos, mas que passou por uma reforma e hoje se tornou o lar da família de Patrícia.
"Depois de muito choro e muita reza, deu certo. Dois anos atrás, nós tínhamos só um carro e três filhos. Eu costumo dizer que foi mais que um empurrão, hoje temos a nossa casa, alugamos outra casa pequena que tem na propriedade rural, cortamos eucalipto e fazemos lenha para vender", explica a agricultora.
Patrícia ressalta que, em seguida, foi feito mais um financiamento do Pronaf no valor de R$ 25 mil para fazer a limpeza do terreno, cortes de pinos, troncos e cercas. Mais de três hectares de pinos cortados foram vendidos e, com a verba, eles conseguiram comprar a outra parte do terreno que havia sido desmembrada.
No ano passado, eles plantaram milho e também estão sobrevivendo da lenha, mas o grande sonho sempre foi trabalhar com aviários. E, mesmo sendo algo muito difícil de conseguir, Patrícia confessou que implorou o sim da BRF e, nesta semana, ela compartilhou com a Fetaesc que, finalmente, conseguiu uma vaga de avicultura com a empresa. Os equipamentos já estão na propriedade fazendo a terraplanagem para a construção dos aviários, que serão integrados.
"A gente era pobre, não tinha nada, e hoje financiamos mais de R$ 3 milhões, que eu não faço ideia de quanto é esse dinheiro, porém posso afirmar que não existe dinheiro no mundo que pague a nossa felicidade. A gente reza e agradece todos os dias, agradeço demais o técnico da Federação e a colaboradora do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ibicaré, que nos auxiliaram muito até dar tudo certo. Os meus pais também foram grandes incentivadores e nos apoiaram em tudo. O Programa Terra Brasil impulsionou e mudou a nossa vida para muito melhor, estamos muito felizes e agradecidos", complementou Patrícia.
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