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Fetaesc reforma estatuto por paridade de gênero

Foto: Reprodução

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc) aprovou em assembleia o novo estatuto que fará com que as mulheres ocupem 50% dos cargos diretivos e conselhos dentro da instituição. Além disso, no mínimo 20% do total de cargos para a Diretoria Efetiva e o Conselho Fiscal deverão ser, obrigatoriamente, preenchidos por jovens trabalhadores (as) rurais.

O texto aprovado na sexta-feira, 11, segue para registro em cartório e entrará em vigor já na próxima eleição da entidade. O presidente da Fetaesc, José Walter Dresch, destacou o trabalho realizado ao longo dos anos e ressaltou a importância de implantar esse modelo em todos os sindicatos do Estado.

“Paridade não é uma queda de braço entre homens e mulheres. Pelo contrário, é uma união, uma parceria. Essa conquista é resultado de uma luta constante de muito trabalho, principalmente de conscientização, para implantar essa cultura dentro da Federação. Agora, o próximo passo é trabalharmos para que os sindicatos dos trabalhadores (as) rurais se sensibilizem, vejam a importância desta causa e atualizem também seus estatutos na busca por paridade de gênero”, afirma Dresch.

Para a tesoureira da Fetaesc, Agnes Weiwanko, a participação das mulheres dentro do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais é crescente e extremamente importante para desenvolvimento não só da agricultura, mas de uma sociedade mais justa e igualitária.

“Há 20 anos, conseguimos aprovar a participação mínima de 30% nos cargos diretivos e conselhos da Federação. Desde então a mulher vem se organizando, se aperfeiçoando e participando diretamente de ações na implantação de políticas públicas que estreitem a diferença entre homens e mulheres, além do aumento participativo das mulheres dentro do movimento sindical”, destaca Agnes.

A coordenadora lembra ainda das manifestações, formada por mulheres, rumo à Esplanada dos Ministérios para reivindicar seus direitos e representar a voz de todas as mulheres do campo.

“A Marcha das Margaridas, sem dúvida, é um marco na luta das mulheres. Criada no ano 2000, em seis edições, as mulheres puderam demonstrar todo poder de mobilização, garra e vontade por transformação. Hoje a Marcha é reconhecida mundialmente e serve como inspiração para que mais mulheres vejam a força que tem na luta por uma sociedade com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”, ressalta Agnes.

A coordenadora de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Fetaesc, Ana Martinenghi, apontou que a diversidade dos sujeitos do campo, da agricultura, deve estar também na representação política.

“Nós temos medo, mas não usamos! Essa frase nos faz refletir sobre a luta de todas as mulheres que acreditam no movimento sindical para representá-las na busca pelos seus direitos. Mais uma vez mostramos nossa importância, como mulheres na agricultura familiar, conquistando a paridade dentro da representação na nossa Federação. Tantas mulheres trabalharam pela cota de 30% e ainda, estamos na luta pela implantação em todas as instâncias nos sindicatos no estado, mas a conquista da paridade nas instâncias da Fetaesc é um passo para a verdadeira democracia no MSTTR”, comemora Ana.

Veja o comentário do presidente da Fetaesc, José Walter Dresch: https://bit.ly/3mpOBHY

Publicado em: 15/12/2020 Por: Fetaesc
Tags: fetaesc, santa catarina, mulheres, estatuto, paridade de gênero, agnes weiwanko, josé walter dresch, Ana Martinenghi, agricultura familiar.
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