Foto: Fetaesc/Divulgação
A Coordenação de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc) realizou nesta segunda e terça-feira, 19 e 20, a plenária macrorregional. O evento, realizado pela primeira vez por videoconferência, serviu para a definição de propostas de emendas ao texto de debate da 7a plenária nacional de mulheres trabalhadoras rurais e para o 13º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CNTTR) da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
O presidente da Fetaesc, José Walter Dresch, destacou a importância da mulher dentro do movimento sindical na transformação da realidade da agricultura familiar.
“A agricultura familiar vem sofrendo, especialmente, com o retrocesso das políticas públicas e redução de recursos para a produção. Portanto, essa plenária é muito importante para, além de preparar as mulheres para representar Santa Catarina na plenária nacional, é uma forma de fortalecer como unidade na luta pelas demandas do movimento sindical em prol da agricultura familiar”, afirma Dresch.
O presidente lembrou ainda da necessidade da representatividade nos espaços políticos como o Legislativo e Executivo. “As eleições se aproximam e é fundamental que as mulheres agricultoras apoiem candidaturas comprometidas com os pleitos da agricultura familiar”, ressalta.
A coordenadora de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Fetaesc, Ana Paula Ribeiro Ramos Martinenghi, apontou que as mulheres trabalhadoras rurais agricultoras familiares representam 45% da força de trabalho. “A agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos que vão à mesa dos brasileiros e brasileiras e pela maioria absoluta das ocupações no meio rural.
“Esse contexto atual coloca grandes desafios para o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, no sentido de lutar pelo fortalecimento da agricultura familiar e, ao mesmo tempo, manter ativa a representação sindical desse segmento social e ampliar a sua representatividade, de modo a manter o Sistema Confederativo (STTRs, Fetags e Contag)” destaca, Ana Paula.
Violência contra a mulher
A violência contra a mulher foi um dos pontos que recebeu atenção especial durante o encontro. Entre as ações está combater, veementemente, todas as formas de discriminação, violência e assédio moral e sexual contra as mulheres trabalhadoras do campo, da floresta e das águas, dirigentes e funcionárias das entidades sindicais, por meio da prevenção, denúncia, proteção das vítimas e punição dos agressores, na intenção de pôr fim às práticas de violência sexista e racista, sobretudo, as que se reproduzem nas esferas sindicais;
Marcha das Margaridas 2023
Entre as metas em defesa das mulheres trabalhadoras rurais, que seguem, diariamente, lutando para romper com todas as formas de discriminação e violência, está a participação na Marcha das Margaridas, em 2023. Esta ação é um dos principais momentos de mobilização das mulheres do campo, da floresta e das águas.
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