O vice-presidente da Fetaesc, Luiz Sartor, está representando a Federação em audiências sobre a estiagem, em Brasília. As reuniões ocorreram nesta terça-feira (15) e quarta-feira (16) com a bancada dos três estados do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Banco Central e Ministérios.
Segundo Luiz Sartor, durante os encontros foi sinalizado que, até a próxima semana, deve sair recursos para resolver a equalização dos juros do Pronaf. “O Ministério da Fazenda e o Banco Central, com o apoio das bancadas dos três estados do Sul, estão somando esforços para resolver o déficit de 2,9 bilhões com o Tesouro Nacional e, depois, retomar os financiamentos do Pronaf”, explica o vice-presidente.
Nas semanas anteriores, a Fetaesc, a Fetag-RS, a Fetaep e a Contag realizaram diversas reuniões com a equipe do Banco Central do Brasil sobre a estiagem para adiantar e apresentar a situação existente no Sul do país.
Entre os assuntos estavam a prorrogação das operações de crédito rural, o crédito emergencial e o aperfeiçoamento do Proagro. Ainda, as entidades cobraram a necessidade de revisão do zoneamento agrícola, estendendo o prazo de plantio para auxiliar os produtores atingidos pela estiagem.
A prorrogação dos créditos devidos é primordial para que os agricultores possam continuar produzindo com o mínimo de capital de giro e capacidade de investimento.
Ou seja, o Governo Federal precisa primeiro quitar essa dívida com o Tesouro Nacional para poder buscar outros recursos que possam chegar aos agricultores familiares, que enfrentam uma situação delicada devido à seca.
Para o presidente da Fetaesc, José Walter Dresch, o Governo precisa parar de fazer discurso e colocar as ações em prática. “O setor produtivo já enfrentou muitos desafios durante os últimos dois anos diante do cenário de pandemia e, neste momento delicado devido à estiagem, em que os homens e mulheres do campo mais precisam de ajuda, o Governo Federal vira as costas”, afirma Dresch.
O presidente ressalta ainda que não há mais tempo para esperar o país resolver questões financeiras para depois pensar em algo que amenize a situação da seca. “As lavouras estão perdidas, contas estão por pagar, os animais com dificuldades em se alimentar e pessoas sobrevivendo com a escassez da água”, complementa.
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