Foto: Círio Parizotto/Divulgação
Na busca por soluções para minimizar os estragos causados pela cigarrinha-do-milho e evitar que o problema se repita na próxima safra, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc) integrou um grupo de trabalho em conjunto com a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, iniciativa privada, universidades e suas empresas vinculadas.
As estimativas apontam para uma quebra de 20% na produção esperada de milho, fechando em 2,07 milhões de toneladas. O vice-presidente da Fetaesc, Luiz Sartor, falou sobre as diretrizes os encaminhamentos realizados durante a videoconferência da última terça-feira, 13.
“O grupo de trabalho é formado por pessoas que conhecem, de fato, a realidade do agricultor catarinense. Durante o encontro, já conseguimos iniciar algumas ações que vão contribuir para amenizar as causas e dar maior segurança diante da ameaça da cigarrinha-do-milho. Está sendo produzida uma cartilha contendo informações imprescindíveis sobre os procedimentos corretos a serem adotados para combater e prevenir este tipo de praga”, explica Sartor.
O vice-presidente da Fetaesc ressalta o trabalho científico que será realizado e a importância do agricultor dar a atenção necessária às visitas técnicas que serão realizadas nas propriedades para tratar sobre a causa.
“Contamos com o apoio das nossas lideranças sindicais de cada município, além do trabalhador rural, para fornecer as informações referentes as pragas na lavoura, seja respondendo questionários ou até mesmo permitindo que os técnicos recolham alguma amostra da cigarrinha-do-milho para estudo. Essas informações serão primordiais!”, afirma o vice-presidente da Fetaesc.
MONITORAMENTO
O próximo passo é o investimento em um projeto de monitoramento da cigarrinha-do-milho, visando delimitar a presença da praga em solo catarinense, o monitoramento constante e a melhoria da comunicação com produtores. Será possível comunicar os órgãos de defesa sempre que houver sintomas de enfezamento em suas áreas e também receber alertas quando houver ocorrência de cigarrinha na região. O grupo de trabalho espera monitorar 20 pontos em todo o estado.
COBERTURA DO PROAGRO
Mais uma conquista para o movimento sindical. Por meio do Comunicado N° 37.014, publicado no dia 13, O Banco Central esclarece o tratamento a ser dado, no âmbito do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), às perdas decorrentes da cigarrinha-do-milho na lavoura de milho.
O Chefe do Departamento de Regulação, Supervisão e Controle das Operações do Crédito Rural e do Proagro (Derop), Claudio Moreira, informa que:
1. As perdas decorrentes de doenças sistêmicas cujos agentes causais são transmitidos pela cigarrinha Dalbulus maidis receberão a cobertura do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), já que não se dispõe, atualmente, de método difundido de combate, controle ou profilaxia, que seja técnica e economicamente exequível.
2. Recomenda-se aos agentes do Proagro a revisão de eventuais indeferimentos de pedidos de cobertura de operações enquadradas a partir de 1º/7/2020, caso tenham sido motivados pelo entendimento de que as perdas decorrentes da presença de cigarrinha nas lavouras de milho não seriam amparadas pelo programa.
3. A presente orientação pode ser alterada futuramente, caso sejam desenvolvidos métodos de controle ou combate técnica e economicamente exequíveis.