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Política Agrícola
Federações do Sul do país se unem para discutir impactos da estiagem
As perdas devido à seca são avaliadas em R$ 1,2 bilhão no meio rural catarinense

Foto: Fetaesc

As três Federações do Sul do país, que compõem a Regional Sul da Contag, e dirigentes da Confederação se reuniram na manhã desta sexta-feira (21), virtualmente, para discutir os impactos da estiagem na agricultura familiar do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os representantes das Federações avaliaram os prejuízos de cada estado e produziram um documento mostrando os impactos da estiagem e construíram uma pauta com reivindicações para apresentar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na próxima segunda-feira (24), por meio de uma reunião on-line.

As lideranças sindicais que representam as instituições levantaram dados para apresentar a situação de cada estado, que está muito delicada e afetando drasticamente as produções agrícolas. As chuvas irregulares e mal distribuídas em dezembro e janeiro em Santa Catarina podem acarretar perdas em média 43% na safra catarinense do milho e de cerca de 30% na de soja, segundo estimativas da Epagri/Cepa.

A estiagem iniciou após dia 20 de novembro, quando mais de 50% das lavouras de milho estavam em fase de floração, período sensível à falta de umidade no solo. A continuidade da estiagem e das altas temperaturas pode aumentar ainda mais as perdas.

Em Santa Catarina, por exemplo, 90 municípios estão sofrendo com a falta de chuva e, 30% deles, já decretaram estado de emergência. As região mais afetadas são a Serra Catarinense, o Planalto Norte, Oeste e Extremo Oeste.

O presidente da Fetaesc, José Walter Dresch, explica que além da falta de chuva, a chuva desordenada complica ainda mais as atividades no meio rural. “A estiagem ocorre no nosso Estado há mais de três anos, não é de hoje, e tem afetado animais e também pessoas. Precisamos, urgentemente, de atenção e investimentos aqui em Santa Catarina e nos demais estados do Brasil que enfrentam a seca, prejudicando as lavouras e afetando o trabalho das pessoas que sobrevivem do campo”, complementa Dresch.

O presidente ressalta ainda que a Secretaria de Estado da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural tem se esforçado para apoiar o setor produtivo por meio de programas que disponibilizam recursos.

O Programa SC Mais Solo e Água terá R$ 100 milhões disponíveis para ampliar a resistência hídrica no meio rural e minimizar os impactos das recorrentes estiagens. Além disso, existe a sinalização da Assembleia Legislativa de mais R$ 50 milhões para reforçar essas ações.

Estiagem em Santa Catarina

A estiagem é causada pelo baixo volume de chuvas nas regiões Extremo Oeste, Oeste e Meio Oeste de Santa Catarina. A média atual de precipitações nesses locais é de, respectivamente, 20, 31 e 46 milímetros. Sendo que o esperado seria uma média em torno de 150 mm.

A principal preocupação do setor produtivo é a quebra na safra de milho, tanto milho grão quanto silagem, que deve impactar diretamente as cadeias produtivas de carne e leite.

De acordo com as informações da Epagri/Cepa, a colheita estadual deve ter uma redução de 12,2%, sendo que nas regiões Oeste e Extremo Oeste algumas lavouras tiveram perdas de até 50%. Até o momento, as perdas são avaliadas em R$ 1,2 bilhão no meio rural catarinense.

Fonte: Governo de SC

Publicado em: 21/01/2022 Por: Viviana Ramos
Tags: Estiagem, Seca, Falta de chuva, Falta de água.
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