Foto: Aires Mariga
Uma chamada pública aberta até o dia 4 de junho vai selecionar produtores de sementes interessados em comprar sementes, categoria genética, de maracujazeiro-azedo SCS437 Catarina, cultivar registrado e mantido pela Epagri. Esse material é altamente adaptado às condições de clima e solo do litoral catarinense, mas pode também ser cultivado no Extremo Oeste do estado, em áreas menos sujeitas a geadas tardias, bem como no litoral norte do Rio Grande do Sul e no Paraná.
O objetivo dessa chamada pública é permitir o acesso oficial dos produtores a esse cultivar, o que comprova sua origem genética, com atestado emitido pela Epagri. Cada pessoa física ou jurídica interessada, devidamente habilitada, poderá adquirir até três embalagens de sementes com 10 gramas cada, quantidade suficiente para implantar um campo de produção de sementes para multiplicação do material. O custo de cada embalagem é de R$ R$ 61,25.
O pesquisador da Estação Experimental da Epagri em Urussanga, Henrique Belmonte Petry, que coordena as pesquisas com essa fruta, ressalta que o comprador poderá implantar um campo de produção de sementes do cultivar SCS437 Catarina, que deverá ser registrado junto ao Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), conforme a legislação vigente. “A produção deve atender às normas do MAPA, bem como os compradores devem estar cientes de todas as legislações e normativas pertinentes à atividade”, salienta o pesquisador.
Acesse a chamada pública aqui.
O maracujazeiro-azedo SCS437 Catarina produzido em Santa Catarina se destaca no mercado nacional devido à alta qualidade dos frutos. Ele é tolerante à bacteriose e antracnose e seus frutos são grande e resistentes ao transporte por terem casca com espessura superior a 7mm. “Devido ao excelente aspecto visual, são preferidos pelos consumidores das principais capitais da região Sudeste do Brasil”, afirma Petry.
Segundo o pesquisador, a produtividade média dos pomares desse cultivar no Sul de Santa Catarina é de 24t por hectare, porém apresenta potencial produtivo de 90t por hectare em cultivos de primeiro ano, com alto nível tecnológico empregado, bem como com a aplicação da prática da polinização manual durante todo período de florescimento da cultura, que na região Sul do Brasil é no final da primavera a meados do outono do ano seguinte.
Veja mais informações sobre esse cultivar aqui.
Fonte: Epagri
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