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Para auxiliar nas tratativas de renegociação das dívidas dos produtores rurais afetados pela estiagem, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc), José Walter Dresch, conversou a superintendência do Banco do Brasil na busca de celeridade para o início dos processos.
Dresch ressaltou os trâmites realizados na última semana para que o Governo Federal se sensibilize com os agricultores que tiveram prejuízos acumulados causados pela estiagem prolongada e pela cigarrinha do milho.
“No último sábado, participei de uma reunião com secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva, para alinhar a pauta de reivindicações do setor que seria entregue à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, durante reunião em Brasília, na segunda-feira”, afirma o presidente da Fetaesc.
Em Brasília, a ministra Tereza Cristina se posicionou de forma favorável à pauta, porém o Banco do Brasil ainda não tinha recebido a determinação para iniciar os procedimentos das renegociações de dívidas vencidas e vincendas em 2021.
Entre as maiores demandas do setor produtivo estão a renegociação de dívidas do Plano Safra, a liberação de mais recursos para investimentos e medidas para apoiar os produtores de leite de Santa Catarina. Segundo o presidente da Fetaesc, além da prorrogação de dívidas que já venceram ou que vencerão este ano, os agricultores pedem ainda a liberação de mais recursos para investimentos.
“Queremos essa atenção especial do Governo Federal para garantir que as dívidas, que o agricultor tem junto ao Banco do Brasil, possam ser prorrogadas para a última parcela do investimento, mantendo os mesmos juros. Estamos esperando também um recurso emergencial de R$ 30 mil com taxa de juros de 2.5% para os agricultores atingidos pela estiagem, com dez anos para pagar e rebate de 20% para quem pagar em dia. É interessante um novo recurso e não aquele já disponível pelo Plano Safra 2020/21”, explica Dresch.
Quebra na safra de milho em Santa Catarina
Segundo o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa), a safra de milho em Santa Catarina terá uma quebra de 28,4% em relação à estimativa inicial, fechando em 2,07 milhões de toneladas. A estiagem prolongada em 2020 e a cigarrinha do milho causaram a perda de aproximadamente 800 mil toneladas do grão nas lavouras do estado, principalmente no Oeste e Extremo Oeste.