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A coordenadora estadual de Jovens Trabalhadores Rurais da Fetaesc, Aline Maier, teve uma posição de destaque na 4ª Plenária Nacional da Juventude Rural. Durante a abertura do evento, a coordenadora falou em nome da Comissão Nacional de Jovens Trabalhadores Rurais da Contag (CNJTR), representando todos os jovens rurais de cada estado brasileiro. O encontro é realizado por videoconferência e ocorre nesta terça e quarta-feira, 01 e 02.
Aline parabenizou a participação e engajamento de cada um nas ações para defender os avanços da juventude rural, mostrando além das demandas específicas mas que os jovens têm ideias e capacidade de contribuir e fortalecer esta classe.
“Esta é a 4ª Plenária da Juventude, a primeira feita de forma virtual. Sabemos da dificuldade que muitos de vocês tem com acesso à internet, e acompanhar tudo por uma pequena tela de celular, mas agradecemos e valorizamos o esforço que cada um está fazendo para estar aqui hoje e amanhã, para ouvir como somos importantes e como nossa voz pode fazer a diferença”, afirma.
A coordenadora estadual de Jovens lembrou também dos desafios e da luta da Comissão Nacional de Jovens nos seus quase 20 anos de existência. Durante todo esse tempo, cada integrante da Comissão Nacional trabalhou muito em seus estados para organizar comissões estaduais, organizar as juventudes de suas regionais, de seus municípios.
“Esse esforço deu resultado. Muitos integrantes das comissões de jovens contribuíram para o estabelecimento da cota de, no mínimo, 20% de jovens nas diretorias e demais instâncias do Movimento Sindical, para garantir renovação das direções e, principalmente, a continuidade de nosso movimento sindical. Os verdadeiros líderes olham para o futuro desse movimento nas próximas décadas, e não apenas para os próximos quatro anos. Por isso, se preocupam em valorizar a juventude que traz energias e novas ideias”, ressalta Aline.
Fortalecimento da Juventude
A coordenadora aponta que atualmente temos uma comissão renovada e bastante aguerrida. Mas infelizmente, ainda há estados que não veem o fortalecimento da juventude como prioridade nem como uma ação estratégica para sua própria sobrevivência.
“Há companheiros e companheiras que precisaram mudar para periferias de cidades e trabalhar em empregos sem qualquer direito e sem remuneração adequada porque não encontram condições de produzir em suas terras nem mesmo de fazer a luta no sindicato e na federação. Nossa própria comissão reflete os problemas que a juventude rural enfrenta em todo o País”, explica.
Movimento sindical forte
Aline ressalta ainda que o movimento sindical precisa ocupar espaço na política, nos conselhos municipais, nos conselhos estaduais: temos tantos jovens que querem e podem fazer isso. “Mas é preciso dar apoio, formação e, principalmente, condições para que esse jovem possa sair de sua terra, deixar seus afazeres para se dedicar à luta. Por isso, defendemos que os jovens que tem talento, iniciativa e amor pela luta do trabalhador e trabalhadora rural seja remunerado por seu esforço e trabalho. É mais do que justo”, afirma.
Jovem saber
“Pelo Jovem Saber a juventude demonstrou que nem a pandemia pode nos parar: foram criados 82 novos grupos, que estão se encontrando virtualmente. Essa ferramenta está permitindo que ate jovens de diferentes municípios e estados conversem, troquem experiências. Foi o que aconteceu aqui na região sul e também na região sudeste, por exemplo”, ressalta Aline.
A Plenária
A 4ª Plenária Nacional da Juventude Rural não tem caráter deliberativo, pois ela é um dos espaços com os objetivos de dialogar e propor alterações e/ou emendas ao Documento Base do 13º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (13º CNTTR), que será realizado no período de 6 a 8 de abril de 2021.