Monitoramento das populações da cigarrinha-do-milho e sua infectividade
Populações de cigarrinha-do-milho apresentam tendência de declínio em todas as regiões de Santa Catarina com a adoção de estratégias integradas de manejo em um contexto regionalizado. Mas a infectividade das populações “decolou” nas últimas semanas no Estado.
A Epagri recomenda a intensificação do monitoramento e a adoção de manejo em pós-emergência, com atenção especial ao “tratamento precoce” e ao intervalo entre aplicações em áreas infestadas.
Saiba mais sobre o monitoramento
Santa Catarina conta com mais uma ferramenta para subsidiar o manejo da cigarrinha-do-milho. Trata-se do monitoramento do inseto-praga e seus patógenos associados. A cigarrinha-do-milho é o inseto-vetor dos microrganismos causadores das doenças do complexo de enfezamentos, capazes de comprometer substancialmente as safras do grão. O programa Monitora Milho SC é uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, que é composto por membros da Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural.
Leandro do Prado Ribeiro, pesquisador da Epagri/Cepaf e um dos coordenadores do monitoramento, conta que estão sendo disponibilizados boletins semanais com informações sobre a incidência do inseto-vetor em 22 pontos monitorados em Santa Catarina, assim com a infectividade de tais populações acessadas por meio de testes moleculares. Isso porque a presença da cigarrinha-do-milho não é, por si só, um risco, a não ser em altas populações. Para transmitir as doenças do complexo de enfezamentos (fitoplasma, espiroplasma e virose-da-risca) para as lavouras de milho, o inseto precisa estar infectado pelos microrganismos (molicutes e vírus) causadores de tais doenças.
O boletim de monitoramento da cigarrinha-do-milho é destinado aos produtores de milho e técnicos que atuam com esta cultura. Ao perceber que sua região está com a presença de insetos infectivos ou mesmo altas infestações, o agricultor deve procurar, imediatamente, o escritório da Epagri em seu município para obter as recomendações mais apropriadas de manejo, levando em consideração as boas práticas recomendadas.
Leandro lembra que, além de diminuir o risco de quebra nas lavouras de milho pela incidência da cigarrinha-do-milho e das doenças do complexo de enfezamentos, o monitoramento também tem por objetivo dar mais sustentabilidade ao combate do problema. Informações regionalizados sobre a incidência das populações de cigarrinhas e sua infectividade podem culminar na adoção de estratégias de manejo mais assertivas, reduzindo os riscos econômicos e ambientais e aumentando a rentabilidade do agricultor. Além disso, a malha de amostragem estabelecida também serve para compreender a dinâmica espaço-temporal da praga no Estado, aspecto importante para o planejamento de futuras ações de pesquisa e extensão.
Mais informações com Leandro Ribeiro: leandroribeiro@epagri.sc.gov.br / (49) 20497563.
Fonte: Epagri
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