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Frio intenso causa perdas em lavouras de tabaco de Águas de Chapecó
Em algumas lavouras de fumo, a perda da produção chega a 100%

Enquanto uns comemoram a chegada do frio intenso, outros lamentam as perdas causadas pelas baixas temperaturas. Esse é o atual cenário que a agricultura enfrenta. Cerca de 50% dos produtores de tabaco de Águas de Chapecó, no Centro-Oeste Catarinense, sofreram perdas nas lavouras de fumo, causadas pelo frio intenso no último fim de semana, que chegou a - 3º.

O município conta com aproximadamente 350 famílias produtoras de tabaco, que produzem em área de 482 hectares, sendo que há registros de perda em, pelo menos, 120 propriedades rurais. Em algumas lavouras a perda da produção chega a 100%, gerando grandes prejuízos aos fumilcultores, que apostam na cultura, mesmo sendo de risco, devido às possibilidades de adquirir renda extra.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Águas de Chapecó, Adriano Schimitz, afirma que a situação do município é preocupante. “Os nossos agricultores têm custos altos na produção de tabaco e contavam com a renda da comercialização, porém os prejuízos serão grandes. Entendemos que se trata se uma situação climática, por isso os produtores precisam se prevenir para evitar perdas”, complementa.

O vice-presidente da Fetaesc, Adriano da Cunha, ressalta que os períodos de plantio devem ser respeitados para não enfrentar problemas na lavoura e não ter prejuízos. “Na agricultura, o clima é um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento das culturas agrícolas, por isso é preciso ficar atento às previsões do tempo e respeitar os períodos propícios para plantar”, explica o vice-presidente da Federação.

Adriano salienta ainda que o setor leiteiro também deve enfrentar problemas devido à falta de pastagem, causada pelo frio intenso deste inverno, conhecido como vazio forrageiro. Durante a estação mais fria do ano, os agricultores devem preparar a silagem, que extremamente importante para complementar a alimentação dos animais.  

Em contrapartida, as baixas temperaturas dos últimos dias vieram para tranquilizar os produtores de maçã de Santa Catarina, que celebram a chegada do frio, que é um fator importantíssimo para o desenvolvimento das macieiras e bons frutos. Os fruticultores esperam que o frio permaneça nos meses de julho e agosto, trazendo uma boa safra no início do próximo ano. Santa Catarina é o maior produtor de maçã do Brasil.

Matéria: Viviana Ramos/Fetaesc

Publicado em: 09/07/2019 Por:
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