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Juventude rural de SC participa da luta pela Reforma Agrária em Brasília
Os representantes da Fetaesc estão no Congresso Nacional nesta quarta-feira (13)

Representantes da juventude rural de Santa Catarina estão participando da luta pela Reforma Agrária nesta quarta-feira (13), dia anunciado para a instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde a reforma da Previdência inicia a tramitação, no Congresso Nacional, em Brasília.

Os jovens acampados (as) e assentados (as) da Reforma Agrária, que estão no Congresso para dizer não à reforma da Previdência do Governo Federal, que penaliza principalmente os agricultores e agricultoras familiares, estão participando do Encontro Nacional sobre Reforma Agrária e Juventude, que iniciou na terça-feira (12) e encerra nesta quinta-feira (14), na sede da Contag.

Representando os jovens agricultores de Santa Catarina, estão participando do evento o coordenador de Jovens e de Política Agrária da Fetaesc, Adriano Gelsleuchter; a técnica de Gênero e Geração da Fetaesc, Daniele Soares; e três assentados da Reforma Agrária de Curitibanos, Fabíola,  Antônio e Christian.

O coordenador de Jovens e de Política Agrária da Fetaesc, Adriano Gelsleuchter, está acompanhando a mobilização junto com os deputados da frente parlamentar da Agricultura Familiar. “Estamos expondo as dificuldades e as propostas de melhorias de acesso à terra, além de pedir apoio para que os deputados votem contra a reforma da Previdência, que prejudica muito a classe trabalhadora”, explica Adriano Gelsleuchter.

Com o tema “Juventude Rural na luta pela Reforma Agrária”, o Encontro Nacional tem o objetivo de avaliar a implementação das políticas de Reforma Agrária, acesso à terra e permanência no campo, e seus impactos na vida de jovens agricultores (as); além de compartilhar experiências de organização social e econômica da juventude da Reforma Agrária.

“Esta discussão do papel da juventude na luta pela terra e na construção da Reforma Agrária nos permite rever com um olhar específico desta importante geração do meio rural, os caminhos da nossa organização e luta do Sistema CONTAG, sobre as necessidades dos assentamentos e acampamentos, e o que pode ser feito para fortalecer a Agricultura Familiar”, destaca o secretário de Política Agrária da CONTAG, Elias D’Angelo Borges.

“Através desta escuta direta dos anseios dos(as) jovens que estão nos assentamentos e acampamentos, traçaremos  importantes estratégias que garantam a permanência da juventude no campo, com cultura; produção, comercialização e tecnologias. E também com formação, pois precisamos  ocupar os espaços de controle social e estarmos presentes na vida dos Sindicatos”, ressalta a secretária de Jovens da CONTAG, Mônica Bufon. 

Entre os resultados esperados a partir dos três dias de debates, estão a elaboração de propostas que orientem a atuação/relação dos (as) dirigentes e lideranças sindicais com o protagonismo e pauta da juventude rural; levantar propostas de políticas públicas para juventude da reforma agrária nos processos de diálogos com os representantes dos órgãos governamentais;  entre outras ações que fortaleçam o debate com toda a sociedade sobre a importância da Reforma Agrária como instrumento garantir a sucessão rural e o desenvolvimento nacional.

Para alcançar todos os resultados, o diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e responsável pela análise de conjuntura de abertura do Encontro, Clemente Ganz Lúcio, acredita que as soluções terão que ser inventadas pela própria juventude rural, na luta, com convencimento de base e diálogo permanente com deputados e senadores.

Durante o Encontro, a juventude também receberá informações sobre o Programa Jovem Saber, o Festival da Juventude 2020 e a Marcha das Margaridas 2019, que será realizada de 13 a 14 de agosto, em Brasília.  

"Neste momento de luta pela terra é importante e necessária a participação da juventude na organização sindical, como estratégia para garantir a Reforma Agrária. Aproveito para valorizar o que já alcançamos ao longo dos 54 anos da CONTAG, a exemplo de quase um milhão de famílias assentadas, que são frutos da pressão do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) e de outras organizações sociais. Deste total, a metade foi articulada pelo nossa organização sindical. Portanto, juventude rural: vamos nos organizar nos Sindicatos, vamos avançar na luta pela Reforma Agrária”, afirma o presidente da CONTAG, Aristides Santos.

Publicado em: 13/03/2019 Por:
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