O Programa Propriedade Sustentável encerrou, no mês de agosto, o ano safra das propriedades rurais que integram os quatro polos de Santa Catarina: Canoinhas (16), Braço do Norte (21), Imbuia (23) e São Miguel do Oeste (28). Durante os encontros, foram apresentados os dados contábeis e financeiros da última safra. Na ocasião, o técnico da Souza Cruz demonstrou os dados coletados do ano safra 2017/2018 e, de acordo com os resultados, é realizado um planejamento para a próxima safra.
Atualmente, 240 famílias de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná participam do Programa. No Estado Catarinense, durante os eventos de encerramento do ano, os grupos foram divididos em jovens, mulheres e agricultores que administram a propriedade.
O intuito da divisão foi apurar informações específicas para entender a opinião dos três grupos em relação à gestão da propriedade. A coordenação do Programa quer saber o que o jovem, a mulher e o agricultor fariam se fossem os principais administradores da propriedade rural, quais ações e mudanças ocorreriam no campo.
Nos encontros dos quatro polos de Santa Catarina foram discutidos inúmeros assuntos para desenvolver a agricultura familiar, entre eles a sucessão familiar, a visão da mulher como principal administradora da propriedade e tecnologias no meio rural.
Segundo o vice-presidente da Fetaesc, Adriano da Cunha, os agricultores precisam investir na gestão das propriedades rurais para alcançar lucratividade. “Quando se fala em gestão, as pessoas pensam em dinheiro, mas gestão não significa apenas o financeiro. Para ter sucesso e bons lucros na propriedade é preciso investir em gestão de pessoas, social e planejamento, formar um conjunto de ações que beneficiam a propriedade e a produção da família agricultora”, explica Adriano da Cunha.
Este ano, o Programa lançou o projeto piloto de um simulador que, por meio do sistema, o agricultor pode simular a produção pelo histórico dos últimos 10 anos para saber a quantidade adequada de cada produto que pode ser produzido de acordo com os hectares disponíveis.
O objetivo do simulador é contribuir com a organização dos agricultores e garantir que as produções agrícolas tenham bons lucros, desenvolvendo a agricultura familiar e a economia dos três Estados do Sul.
Em parceria com a Souza Cruz, Epagri e Fetaesc, o projeto está sendo testado na cultura do tabaco, mas em um futuro próximo deve atender toda a cadeia produtiva. Se o projeto piloto for aprovado, em breve, será lançado um aplicativo para que todos os agricultores tenham acesso ao simulador.
Programa Propriedade Sustentável
Criado em 2007, o programa era chamado de Produtor 10 e, em 2011, ganhou o nome de Propriedade Sustentável para realizar assistência técnica e extensão rural em parceria com o grupo familiar por meio de sustentabilidade socioeconômica e ambiental da propriedade, promovendo melhores condições de vida aos trabalhadores e trabalhadoras rurais.
O objetivo do Programa é integrar a família na produção e convivência; melhorar a produtividade e qualidade da produção; humanizar o trabalho da propriedade e aumentar os fatores de produção disponíveis na propriedade.
O Programa Propriedade Sustentável conta com o apoio da Fetaesc, Souza Cruz, Epagri/Cepa e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais dos Municípios.
Matéria: Viviana Ramos/Fetaesc