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Setor produtivo de Santa Catarina chega ao extremo devido à greve
5 milhões de litros de leite estão sendo jogados fora todos os dias

O setor produtivo de Santa Catarina chegou ao extremo. São 5 milhões de litros de leite que estão sendo jogados fora todos os dias. Milhares de animais estão passando por dificuldades, correndo risco de serem sacrificados e, alguns, até morrendo por falta de alimentos.

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc) considera que a paralisação dos caminhoneiros é justa, mas que a greve que afeta toda a população chegou ao limite. Na tarde desta terça-feira (29), o presidente Walter Dresch e o vice-presidente Adriano da Cunha levaram ao governador Eduardo Pinho Moreira o sentimento do setor produtivo.

O setor primário, que mais sofre com os impactos da greve, por ser o responsável pela criação de animais e produção de alimentos que chegam às mesas dos brasileiros todos os dias, não pode pagar a conta sozinho.

O Governo do Estado convocou todos os representantes dos setores da agricultura, comércio e indústria de Santa Catarina para discutir os impactos e encaminhamentos para este momento difícil que a população catarinense enfrenta devido à greve dos caminhoneiros.

Segundo o governador, a partir desta terça-feira (29), os transportes com alimentos para seres humanos e animais e outros insumos passam a ter circulação normal. “Diante dos prejuízos e das dificuldades enfrentadas pela população e, mesmo o Estado conseguindo manter os serviços essenciais, o momento é de recuperar a normalidade e a ordem pública”, garante Eduardo Pinho Moreira.

A Fetaesc apoiou a mobilização desde o início por entender que a política do setor petroleiro é totalmente equivocada e que precisa ser reavaliada. O aumento abusivo no preço do diesel não é o único problema no Brasil. Há diversos problemas que precisam ser discutidos em outro momento para a construção novas políticas. É um momento de fragilidade e as categorias devem se organizar para dialogar as demais pautas depois que a situação voltar ao normal.

Espera-se o bom senso do movimento grevista para que o Estado possa começar o trabalho de recuperação dos prejuízos causados pela paralisação.

Afinal quem vai pagar essa conta é quem produz e quem consome.
Publicado em: 30/05/2018 Por:
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