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Fetaesc discute impactos do preço baixo na comercialização de alho
O alho importado da China e da Argentina é o principal concorrente dos produtores do sul do Brasil

A Fetaesc está participando de um ciclo de reuniões no último mês com agricultores familiares, agentes financeiros, órgãos dos governos municipal, estadual e federal para discutir e minimizar os impactos que os preços baixos na comercialização de alho estão causando na vida dos trabalhadores rurais.
 
A última reunião ocorreu na tarde desta segunda-feira (9), na Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, em Florianópolis, e contou com a presença do secretário da Agricultura, Airton Spies, do vice-presidente da Fetaesc, Adriano da Cunha, e do engenheiro agrônomo e técnico do setor de Política Agrícola da Fetaesc, Alexandre Gomes, representantes de entidades financeiras e agricultores.

Os produtores de alho do sul do país e, principalmente, os catarinenses vêm sofrendo uma grande dificuldade de comercialização devido aos baixos preços e às facilidades de importação, que promovem uma concorrência desleal com os agricultores.
 
O alho importado da China e da Argentina é o principal concorrente dos produtores do sul do Brasil. O produto entra no país com valores muito baixos, fazendo com que os valores repassados ao agricultor sejam inferiores ao custo de produção.
 
Durante os encontros, os agricultores ressaltam a importância de manter o alho na Lista de Exceções da Tarifa Externa Comum (LETEC), instrumento que permite a aplicação de alíquotas de imposto de importação diferentes das previstas pela Tarifa Externa Comum (TEC). Outra reivindicação da classe é manter o antidumping contra o alho chinês que entra no país obedecendo as regras e normas de comercialização brasileira.
 
O principal problema dos agricultores é a necessidade de honrar seus compromissos assumidos com instituições financeiras, por isso os trabalhadores rurais estão solicitando uma prorrogação para o pagamento de financiamentos feitos para a produção de alho.
 
Além disso, os agricultores também solicitam a revisão das normas do Programa de Garantia de Preços da Agricultura Familiar (PGPAF) e procedimentos da CONAB, pois existe uma diferença significativa do bônus praticado em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, embora haja semelhanças históricas em produtos e preços das duas praças.
 
Publicado em: 11/05/2018 Por:
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